| 29/08/2004 17h17min
O presidente da França, Jacques Chirac, pediu que os militantes islâmicos libertem os dois jornalistas franceses detidos como reféns no Iraque e enviou o ministro de Relações Exteriores, Michel Barnier, para o país para auxiliar na soltura.
O canal de televisão Al-Jazeera divulgou no sábado, dia 28, que o Exército Islâmico no Iraque havia seqüestrado os jornalistas Georges Malbrunot e Christian Chesnot e exigido que a França anulasse a proibição do uso de véus para as mulheres muçulmanas em escolas do país nas próximas 48 horas.
– Hoje, todo o país está unido porque a vida de dois franceses está em risco – disse Chirac em um breve discurso televisionado, após um dia de conflituadas discussões do governo em Paris.
– Apoiado pela unidade nacional, eu solenemente peço a libertação de Christian Chesnot e Georges Malbrunot. Tudo está sendo feito e será feito nas próximas horas e dias para conseguir isso.
Além das duas vidas em jogo, a prisão dos reféns também diz respeito à liberdade de expressão, um valor básico da república francesa, segundo Chirac.
Barnier se direcionará para o Oriente Médio imediatamente, acrescentou. Ele deverá visitar vários países, mas não identificou quais seriam.
Chesnot, da Radio France International, e Malbrunot, que escreve para os jornais Le Figaro e Ouest France, desapareceram há oito dias, no caminho entre Bagdá e Najaf.
Na manhã do domingo, o governo francês e líderes da minoria muçulmana do país já haviam pedido que os militantes libertassem os jornalistas.
Sem mencionar a demanda dos seqüestradores, o ministro do Interior anunciou que a França pretende retirar a proibição aos véus islâmicos, o que deve entrar em efeito na quinta-feira, quando as escolas voltarão a atividade após as férias.
– Queremos que todos saibam que o secularismo no nosso país não divide a França, e sim, nos une – disse o ministro.
As informações são da agência Reuters.
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