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Acusado no processo que investiga a prática de tortura contra presos iraquianos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, um soldado dos EUA disse, em entrevista à revista alemã Der Spiegel, que se arrepende profundamente de seus atos, mas que os abusos foram incentivados pelos serviços de inteligência militar.
O sargento Ivan Frederick revelou que as condições na prisão em Bagdá eram um %26quot;pesadelo%26quot;, sem uma linha de comando clara e ordens conflitantes sobre soldados sem treinamento suficiente.
- Eu não sabia quem estava no comando. O batalhão queria uma coisa, a companhia queria outra e o serviço secreto tinha suas próprias idéias. Era o caos - disse.
Uma investigação especial do exército reconheceu na semana passada que houve tortura e mais soldados poderão ir a julgamento, apesar de até agora somente Frederick e outros seis reservistas da polícia militar que serviram em Abu Ghraib terem sido acusados.
Frederick
disse depois de uma audiência pré-julgamento na
semana passada, na Alemanha, que vai se declarar culpado na corte marcial marcada para 20 de outubro.
- Quero me desculpar com os prisioneiros e suas famílias. E no julgamento vou aceitar a responsabilidade por minhas ações. Espero que outros façam o mesmo - afirmou.
Ainda na entrevista, ele conta que participou do incidente em que prisioneiros iraquianos nus foram fotografados empilhados e que isso ocorreu depois que uma soldado dos EUA foi atingida no rosto por uma pedra lançada por um preso.
- Hoje sei que estava errado. Por um lado eu estava com muita raiva porque o preso feriu a soldado. E eles me disseram para humilhá-los.
Segundo Frederick, não houve orientação sobre como lidar com os prisioneiros militares e a inteligência incentivava os soldados a usarem quaisquer meios.
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