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Copom eleva projeção de inflação dos preços administrados

Projeção deste ano passou para 8,5%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou de 8,3% para 8,5% a projeção de inflação deste ano para os reajustes de preços administrados (combustíveis, telefone, energia e serviços em geral). A elevação foi maior ainda na projeção dos preços monitorados para o ano que vem, que subiram de 6,3%, na perspectiva da reunião de agosto do Copom, para a estimativa atual de 6,9%, em decorrência de variações cambiais e componentes sazonais, principalmente.

Essa perspectiva é revelada pela ata da reunião do Copom, realizada na semana passada e distribuída nesta quinta, dia 23, pelo Banco Central. O documento destaca que o acumulado de reajustes para a gasolina, ao longo de 2004, manteve a projeção de 9,5%, enquanto a estimativa de inflação para o gás de cozinha caiu de 6,8% para 6,2%. As projeções quanto à energia elétrica também indicam pequena queda, de 11,6% para 11,5%. Em contrapartida, as tarifas de telefonia fixa ficarão em 13,9% – 1,1 ponto percentual mais caras que no cálculo de agosto.

O cenário para os preços monitorados e a persistência da inflação dos preços livres no atacado, em especial na indústria, que pressionam a elevação de preços também para o consumo, fizeram o colegiado do BC reavaliar para cima as tendências da inflação e apertar mais ainda a política monetária. Por isso, a taxa básica de juros (Selic) foi alterada de 16% ao ano para 16,25%, como forma de conter o consumo interno e reduzir pressões inflacionárias.

A decisão foi necessária, segundo a ata, porque a partir do cenário de referência às vésperas da reunião do Copom – com Selic de 16% e taxa de câmbio no patamar de R$ 2,90 – as projeções de inflação estavam acima das metas de 5,5% para este ano e de 4,5% para 2005. O Copom não menciona projeções percentuais para a inflação, mas os analistas de mercado trabalham com estimativas de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em torno de 7,3%, para 2004, e de 5,8%, para o ano que vem.

As informações são da Agência Brasil.


 
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