| 24/07/2001 07h44min
Apesar do retorno da febre aftosa ao Estado, a exportação brasileira de carne bovina, suína e de frango não será prejudicada. O desempenho do primeiro semestre indica que a previsão do governo federal para 2001, de US$ 2,8 bilhões, vai se confirmar. Segundo o vice-ministro da Agricultura, Márcio Fortes de Almeida, para 2002 a meta é exportar US$ 3,8 bilhões. Menos otimista, o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Ênio Marques Pereira, considera difícil as exportações de cortes bovinos atingirem a projeção de US$ 1,1 bilhão até o fim do ano. Isso porque o preço das toneladas vem caindo de 12% a 15%, principalmente por causa da desvalorização do euro na União Européia, principal cliente do Brasil. Para o Rio Grande do Sul, que perdeu importantes mercados por causa da aftosa, Pereira acredita que a alternativa será a busca de novos clientes. Primeiro, porém, os países do Cone Sul devem estabelecer um trabalho conjunto de análise de risco, para garantir uma oferta de qualidade. A expectativa do Sicadergs para exportação de carne bovina era de 80 mil toneladas. O impacto das perdas decorrentes da aftosa não foram calculados. Segundo Pereira, se até dezembro de 2003 houver redução nas medidas protecionistas, especialmente dos Estados Unidos e dos países europeus, a participação brasileira no mercado internacional de carne bovina – hoje de 5,6 bilhões de toneladas – pode crescer de 10% para 20% em 10 anos.
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