| 02/08/2001 09h29min
Onze réus do caso da depredação do Relógio dos 500 anos começam a ser ouvidos na 10ª Vara Criminal, em Porto Alegre, na tarde desta quinta-feira. Nessa quarta, o coronel Roberto Ludwig, ex-comandante da Brigada Militar, depôs por cerca de cinco horas na Justiça Militar, em Porto Alegre. Foi a primeira vez que o ex-comandante falou oficialmente sobre o assunto. No longo depoimento, Ludwig criticou a política da Secretaria da Justiça e da Segurança (SJS) e reprovou a presença de oficiais em meio a manifestantes durante a destruição do relógio instalado pela Rede Globo nas proximidades da Usina do Gasômetro. Na Justiça Militar, os réus são o coronel Carlos Alberto Santos, atual subcomandante da BM, o major Nereu Vargas e o capitão Araken Petry Rodrigues. – Eles têm parte da culpa. Eu também tenho – disse Ludwig, após o depoimento. Segundo o ex-comandante, hoje na reserva, três oficiais acusados de omissão (respondem por crime de prevaricação) erraram ao obedecer a determinações de retirar as tropas do local. Mesmo que a ordem tenha vindo da cúpula da SJS. – A lei é bem clara, e um oficial deve ser forte o suficiente para cumpri-la mesmo que a ordem contrária seja de um superior – disse ele, confirmando ingerência da secretaria na corporação durante o seu comando. Ludwig disse não saber da presença dos subordinados no Gasômetro. Lembrar dos motivos que o levaram a pedir seu afastamento do cargo também provocou choro no coronel.
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