| 14/10/2004 13h18min
A executiva nacional dos bancários aprovou o fim da greve que atinge há um mês principalmente agências da Caixa Federal e Banco do Brasil. A proposta, definida em um encontro de líderes em Brasília na manhã desta quinta, dia 14, será levada às assembléias regionais. Em Porto Alegre e Florianópolis, as assembléias ocorrem no fim da tarde.
A reunião entre o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os bancários em greve, ocorrida na quarta, dia 13, no Tribunal Superior do Trabalho (TST) não resultou em acordo e não pôs fim à greve dos bancários, que hoje completa 30 dias. O dissídio da categoria será votado no próximo dia 21 pelo Tribunal Superior do Trabalho.
Conforme o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Carlos Cordeiro, os trabalhadores preferem que o conflito seja resolvido nas negociações e não no Tribunal. A categoria reclama um reajuste de 19% e abono de R$ 1,5 mil, além da participação nos lucros no valor de um salário mais R$ 1,2 mil para cada bancário. Os bancários também propõem ampliar o horário de atendimento das agências para dois turnos, o que poderia gerar mais 160 mil postos de trabalho.
Já a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propõe um aumento que pode variar de 8,5% a 12,5%, abono de R$ 30 para os funcionários que recebem até R$ 1,5 mil, participação nos lucros no valor de 80% de um salário mais R$ 705 e cesta alimentação no valor de R$ 217. As informações constam no site da entidade.
Segundo estimativas da CNB, dos 400 mil bancários brasileiros, pelo menos 200 mil aderiram à greve. Até quarta 24 Estados ainda participavam do movimento. O julgamento do dissídio, no próximo dia 21, terá como relator o ministro Antônio Barros Levenhagen. Antes disso, deverá ser apresentado um parecer do Ministério Público do Trabalho. Bancários e bancos têm até sexta, dia 15, para apresentar suas defesas formais ao TST.
As informações são da Agência Brasil.
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