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Mário Sérgio vem aí. Na manhã desta quinta, dia 23, ele sai de São Paulo para se reunir com o presidente Paulo Odone. Na segunda, quando bateu o celular do ponta-esquerda campeão do mundo em 1983, um assessor de Odone o sondava para ser o técnico. Mário Sérgio fez uma contraproposta: quer ser o diretor de futebol remunerado.
A proposta foi estudada pela nova direção gremista nos últimos dois dias. Nesta quinta valores e projetos de trabalho estarão na mesa. Em caso de acerto, Mário Sérgio ganhará do Grêmio um celular de Natal. Mas com uma missão: usá-lo 24 horas por dia. É preciso achar um técnico e 15 novos jogadores, no mínimo.
Por que a opção em ser diretor e não treinador?
Mário Sérgio - Na situação do Grêmio, entendo que posso colaborar mais como gerente. Conheço muita gente, empresários e investidores. A este meio os treinadores não têm muito acesso.
Tudo fruto da
experiência no Banco Excel?
Mário - Passei dois anos (1997 e
1998) gerenciando clubes patrocinados pelo banco. Fazia expediente numa agência, não tinha contato com os clubes. Eu tinha mais proximidade com o América-MG e tiramos da Segundona. Agora é diferente: o Grêmio teria exclusividade.
E qual teu plano para o Grêmio?
Mário - Primeiro: é preciso formar um time de Primeira para disputar a Segunda (Divisão). Não se pode errar, trazendo atletas que não sejam homens, faltem com o profissionalismo. Vou exigir disciplina acima de tudo. Caras que dêem a vida em campo.
Você concorda com a tese de que certos atletas não dariam certo na Série B?
Mário - Isso é balela. Bem orientado e disciplinado, qualquer um joga.
E grana para trazê-los? Os cofres estão vazios...
Mário - Isto é outra coisa importante. Vamos estabelecer um teto. A discrepância salarial é fatal dentro de um grupo.
Quem opinaria na escolha dos boleiros?
Mário - Quanto menos pessoas, melhor. Tratar com um ou dois empresários, no máximo. Preciso de autonomia para formar a base do grupo. Ah: a começar pelo técnico.
E se o técnico já estiver escolhido?
Mário - Se fechar com meu pensamento, ótimo. Caso contrário, não sei se fecharíamos negócio.
Tens alguma expriência em Segunda Divisão?
Mário - Uma vez, há muito tempo. Acho que foi em 1989, 1990. Coordenei um time de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Só não subimos para a Primeira Divisão do Paulistão porque o investidor não pagou os caras no final do campeonato.
Então se dinheiro não vier, um time não sobe....
Mário - (risos)... todo clube tem que honrar com os compromissos. A garantia de pagamento em dia é um grande reforço para vencermos esta Copa do Mundo no ano que vem.
Copa do Mundo é...
Mário - ... é a Segunda, isto mesmo.
FELIPE BORTOLANZA/DIÁRIO GAÚCHOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.