| 03/09/2001 18h09min
O secretário da Justiça e da Segurança, José Paulo Bisol, afirmou durante a entrevista coletiva sobre a morte do tenista Thomás Feltes Engel, 16 anos, na madrugada desse domingo em São Leopoldo, que reagiu com profunda tristeza e decepção em relação ao envolvimento da Brigada Militar. Bisol citou a morte do empresário Roberto Ângelo Souza, 29, dia 11 de agosto, por asfixia, em Canoas. Em ambos os casos a Brigada Militar é a principal envolvida na autoria das mortes. O secretário admitiu que poderia deixar o cargo por estar cansado. Bisol considerou que atualmente os policiais estão mais preparados do que nunca. Ele enfatizou que o atual governo está investindo na humanização da polícia, através de diversos cursos de treinamento. – Esses dois casos foram exceções e vieram complicar uma situação que estava favorável – disse o secretário. Segundo o secretário, a portaria das armas, publicada em 1999, na qual os policiais têm de avisar antes de atirar, foi bastante questionada pelos próprios policiais e não atingiu os objetivos. Bisol concordou que a espingarda calibre 12 usada pelos policiais não seria a mais adequada para o policiamento. Diante do aumento da criminalidade no Vale do Sinos, o secretário adiantou que está em estudo um procedimento especial, no qual o chefe de polícia, o comando da Brigada Militar e seu Estado-maior deslocariam suas sedes por um determinado período para a região. O objetivo seria investigar de perto as causas do aumento da violência.
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