Duas novas testemunhas da morte do tenista Thomás Feltes Engel, 16 anos, em uma abordagem da Brigada Militar foram ouvidas nesta quinta-feira na 1ª Delegacia da Polícia Civil de São Leopoldo. O conteúdo dos depoimentos, no entanto, é mantido em sigilo pelo diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Conceição Cardoso Pinheiro. O delegado Marco Antônio Machado, responsável pelas investigações, tenta descobrir mais detalhes da abordagem feita pelo tenente Paulo Sérgio de Souza, 41 anos, e por dois soldados a três jovens no centro de São Leopoldo na madrugada de domingo. O tenista era um dos jovens e foi morto pelo oficial com um tiro de espingarda calibre 12. Souza foi indiciado por homicídio doloso. Machado pode reconstituir o crime, mas ressalta que o procedimento não modificará sua convicção. O tenente, que está afastado das funções, deve depor na próxima semana. O laudo da perícia nas roupas de Thomás é aguardado pelo delegado. O objetivo é saber se, quando ocorreu o disparo, o adolescente estava com as mãos para o alto ou na altura da cintura, como alegaram os PMs.