| 12/01/2005 10h30min
O governo dos Estados Unidos, que anteriormente apoiou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, no escândalo envolvendo o programa petróleo-por-comida no Iraque, pediu nesta terça, 11, que ele seja responsabilizado por mau gerenciamento.
– O que ouvimos até agora é que houve sérios problemas dentro da ONU na administração disso. Não temos certeza se foram problemas criminais, mas certamente foram problemas de gerenciamento – disse o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, ao canal Fox News.
Auditores internos da ONU encontraram lapsos administrativos no programa, já extinto, de US$ 64 bilhões, embora não tenham apontado corrupção entre autoridades da agência.
A atenção sobre Annan cresceu nesta semana, depois que Paul Volcker, ex-presidente do FED (Federal Reserve, o banco central norte-americano), e que conduz uma investigação independente sobre o programa, divulgou mais de 50 relatórios internos da ONU mostrando irregularidades.
A crítica de Powell é significativa porque vem da autoridade no gabinete norte-americano considerada mais favorável a Annan. Mas Powell procurou também elogiar Annan.
– Ele serviu bem à causa da humanidade durante anos. A responsabilidade não cai totalmente sobre Kofi Annan. É também dos membros, principalmente do Conselho de Segurança – e somos membros do Conselho de Segurança, disse Powell.
O programa começou em dezembro de 1996 para permitir ao Iraque vender petróleo e comprar bens civis. O objetivo era aliviar o impacto das sanções econômicas impostas depois que o país invadiu o Kuwait, em 1990.
As informações são da agência Reuters.
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