O Parlamento de Israel aprovou nesta quarta, 12, o Orçamento de 2005 em uma votação inicial, reforçando o plano do primeiro-ministro Ariel Sharon de retirada da Faixa de Gaza ainda neste ano.

A votação foi o primeiro teste para a nova coalizão de governo encabeçada por Sharon, que tomou posse no começo da semana e que deve garantir a retirada dos soldados e dos colonos da Faixa de Gaza e de uma pequena parte da Cisjordânia. O orçamento ainda precisa ser aprovado em segunda e terceira instâncias.

A coalizão de governo anterior entrou em crise quando o Orçamento não foi aprovado em uma primeira votação, realizada em dezembro. A aprovação foi garantida depois de alguns membros do partido Likud, de Sharon, contrários à retirada do território palestino, terem concordado com referendar a proposta orçamentária. Os deputados haviam ameaçado não referendar o Orçamento como forma de protesto contra a saída da Faixa de Gaza.

O Parlamento, que tinha rejeitado a proposta orçamentária de US$ 61 bilhões um mês atrás, aprovou-a agora por 64 votos contra 53. O projeto ainda tem de ser votado mais duas vezes antes de se transformar em lei. A aprovação completa do Orçamento precisa ocorrer antes do final de março para que eleições gerais não sejam automaticamente convocadas.

Os rebeldes dentro do partido de Sharon disseram depois da votação que não dariam apoio à proposta novamente se Sharon não realizasse um plebiscito nacional para decidir sobre a retirada da Faixa de Gaza. Mas assessores do premiê descartaram a possibilidade de realizar tal consulta.

Os mercados financeiros encararam com relativa indiferença a votação da proposta orçamentária.

As informações são da agência Reuters.