Os empresários do setor industrial avaliam como favorável o quadro atual dos negócios e se dizem otimistas quanto aos próximos três meses. As informações estão na prévia da 154ª Sondagem da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) coletadas no início de janeiro.

A prévia da Sondagem revela ainda que a confiança dos industriais quanto à evolução dos negócios no horizonte de seis meses continua firme: 55% deles prevêem melhora, enquanto 7% acham que os negócios vão piorar. Essa diferença de 48 pontos percentuais ultrapassa o resultado de 45 pontos percentuais de outubro passado, e se aproxima dos 50 pontos percentuais de janeiro de 2004.

O documento indica que a situação dos negócios em janeiro é tida como boa por 18% das empresas e fraca para 9%. Esse resultado, que apresenta uma diferença de nove pontos percentuais, é o maior já registrado para esta época do ano desde 2001.

As previsões para os próximos três meses também são otimistas, mesmo com os sinais de redução no ritmo de crescimento da indústria. De acordo com as informações coletadas pela FGV, no trimestre de janeiro a março, 26% das empresas prevêem aumento e 30% diminuição da demanda por produtos industriais, na comparação com o trimestre anterior. Mesmo assim, a diferença de quatro pontos percentuais é melhor do que os seis pontos percentuais anotados no mesmo período de 2004.

Os empresários também estão otimistas em relação ao nível de emprego na indústria para o primeiro trimestre do ano, período em que a produção industrial tradicionalmente perde força. A prévia da Sondagem indica que de janeiro a março, 13% das empresas pretendem contratar e 12% planejam reduzir pessoal. A diferença de um percentual se mantém em relação ao mesmo período de 2004.

Com relação à evolução dos preços no primeiro trimestre, 35% das empresas manifestaram a intenção de promover aumentos, enquanto 11% pretendem reduzi-los.