| 13/01/2005 22h01min
Os Estados Unidos ignoraram os avisos de que o Iraque e a Jordânia estavam envolvidos em uma grande operação de contrabando de petróleo durante a época em que o território iraquiano encontrava-se sob sanção, afirmaram dois jornais nesta quinta, dia 13.
A reportagem feita pelo Financial Times, da Grã-Bretanha, e o Il Sole 24 Ore, da Itália, apareceu em meio a uma investigação sobre o programa petróleo-por-comida da Organização das Nações Unidas (ONU), marcado por acusações de corrupção e má administração.
O programa permitia ao Iraque vender certa quantia de petróleo a fim de adquirir produtos de consumo e da área de saúde. Segundo os jornais, uma grande operação de contrabando rendeu US$ 50 milhões para os iraquianos envolvidos e mais US$ 150 milhões em lucros advindos da venda do petróleo. De acordo com a publicação, os alertas feitos aos britânicos e aos norte-americanos sobre a operação ilegal vieram de várias fontes.
A reportagem afirmou que os EUA ignoraram os avisos, justificando o contrabando com o argumento de que a Jordânia, aliada dos norte-americanos, precisava de petróleo para encher seus depósitos antes da invasão do Iraque. Mas o jornal notou que a maior parte do petróleo nunca chegou ao território jordaniano, tendo sido enviado para o Egito, o Iêmen, a Malásia e a China.
De acordo com a reportagem, a operação de contrabando contou também com a aprovação do governo jordaniano, que providenciou a documentação afirmando que o petróleo era legal.
As informações são da agência Reuters.
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