Até a noite desta terça-feira, a família do piloto brasileiro Nilo Cairo de Andrade e Silva, com 37 anos, da American Airlines (AA), não tinha recebido qualquer informação sobre o rapaz que mora em Nova York. A última conversa entre Silva e a irmã Greice, de 19 anos, foi por telefone na tarde de segunda-feira. – Ele disse que viajaria nesta terça-feira às 9h, quase na hora do ato terrorista – recorda a estudante de Direito, dentro das dependências da prefeitura de Morro da Fumaça, no sul de Santa Catarina, onde trabalha. – Não sabemos a rota que ele faria – diz Greice, bastante apreensiva. Silva, que nasceu no Rio e morou na adolescência em Florianópolis, vive nos Estados Unidos desde 1986. O piloto faz rotas internacionais, principalmente para a Venezuela, conforme os familiares. As tentativas de fazer contato fracassaram durante o dia. As ligações não se completavam. A irmã dele mora com a mãe, a advogada da Câmara de Vereadores de Morro da Fumaça, Henriette. – Estamos desesperadas – rendeu-se a mãe de Richard, 18 anos, que também está incomunicável em Nova York. O jovem se mudou para os Estados Unidos para ompletar os estudos e mora no bairro Queens. O caçula está lá há dois meses. – Visitamos toda a região atingida pelos ataques – lembra Greice, revendo as fotografias feitas ao lado dos dois irmãos há menos de 30 dias.