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 | 14/09/2001 21h05min

Oficial admite que tenista não reagiu

O tenente da Brigada Militar Paulo Sérgio de Souza, 41 anos, admitiu nesta sexta-feira que o tenista Thomás Feltes Engel, 16 anos, e os dois adolescentes que o acompanhavam, não reagiram à abordagem policial no centro de São Leopoldo, na madrugada do último dia 2. Thomás morreu baleado com um tiro de espingarda calibre 12. O oficial insistiu que o tiro foi acidental. Inquieto, o tenente concedeu entrevista à imprensa depois de três horas e meia de depoimento no Inquérito Policial-militar (IPM). Acompanhado do advogado Roberto Leal Kelleter, Souza pediu desculpas à família de Thomás e disse que jamais atiraria de forma intencional contra o jovem. O major Robson Thomazi, responsável pelo IPM, concluiu as investigações e indiciou o oficial por homicídio. Não precisou, no entanto, se o crime foi culposo ou doloso. Neste último caso, o julgamento ocorre em júri popular. O exame de funcionabilidade da espingarda, realizado pelo Departamento de Criminalística (DC), concluiu que a arma estava em perfeito estado de uso e que não poderia disparar acidentalmente. Na Polícia Civil, Souza já havia sido indiciado por homicídio doloso pelo delegado Marco Antônio Machado. Esse inquérito agora está com a 1ª Vara Criminal de São Leopoldo. Somente na próxima segunda-feira a promotora de Justiça das Auditorias Militares, Sandra Goldman Ruwel, deverá manifestar-se sobre o caso. Se houver conflitos de atribuições quanto à denúncia, já que o caso também está com a 1ª Vara Criminal, a Procuradoria Geral de Justiça do Estado é que define a competência. O tenente segue afastado das funções.

ELIANE COLLE / VALE DO SINOS
 
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