| 24/01/2005 14h33min
Israel retomou a construção de uma das partes mais polêmicas da barreira física construída dentro da Cisjordânia ocupada. Segundo os palestinos, a manobra coloca uma nuvem negra sobre os esforços do novo presidente palestino, Mahmoud Abbas, de reavivar as negociações de paz.
O procurador-geral de Israel aprovou a construção de quatro quilômetros da barreira ao longo de uma nova rota traçada perto do assentamento judaico de Ariel, depois de moradores de um vilarejo palestino próximo terem entrado na Justiça para tentar impedir a tomada de suas terras.
– Como vamos convencer nosso povo e as facções de que estamos tentando colocar fim à ocupação israelense se Israel realiza esse tipo de manobra? – perguntou Saeb Erekat, membro do gabinete de governo palestino.
Abbas acaba de concluir uma semana de negociações com grupos militantes da Faixa de Gaza na qual se discutiu a possibilidade de um cessar-fogo. As partes não chegaram a nenhum acordo, mas a violência diminuiu bastante na região.
Israel construiu cerca de um terço da barreira projetada para ter 600 quilômetros. A Corte Internacional de Justiça julgou ilegal a obra, que avança para dentro da Cisjordânia ocupada. Os palestinos vêem na barreira uma manobra de apropriação de terras que lhes negaria a possibilidade de fundar um Estado viável.
A Justiça de Israel, em junho passado, mandou que a construção da barreira fosse suspensa ao redor do assentamento de Ariel e mandou que as partes resolvessem a questão por meio de uma negociação.
O governo do Estado judaico acabou alterando a rota da obra. O lado palestino disse não ter chegado a nenhum acordo com Israel a respeito do assunto.
As informações são da agência Reuters.
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