| 26/01/2005 19h18min
Cinco militares norte-americanos morreram em ataques de insurgentes e 31 na queda de um helicóptero nesta quarta, dia 26, que foi o dia mais sangrento para as forças dos Estados Unidos em 22 meses de ocupação do Iraque. Os guerrilheiros também mataram 10 iraquianos.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu aos iraquianos que desafiem os insurgentes, que usam da violência para tentar prejudicar as eleições de domingo, essenciais para os planos políticos de Washington no Iraque.
Citando fontes militares, a CNN disse que 31 marines morreram na queda do helicóptero em que viajavam, no deserto da turbulenta província de Anbar, no oeste do país. Os militares confirmaram a existência de baixas, mas não deram números, porque ainda há equipes de resgate na região. Ainda não se sabe a causa da queda.
– Obviamente, sempre que se perde uma vida é um momento triste – disse Bush em entrevista coletiva na Casa Branca.
O crescente número de mortes de norte-americanos está aumentando a pressão da opinião pública sobre Bush para que ele apresente uma clara estratégia de retirada. Quatro marines foram mortos em ação, também na província de Anbar, e um soldado perdeu a vida devido a um granada de propulsão disparada contra ele na zona norte de Bagdá, segundo os militares.
– Conclamo todas as pessoas a votarem. Conclamo as pessoas a desafiarem estes terroristas" –disse Bush, qualificando a eleição de "grande momento na história iraquiana".
Em um ataque cuidadosamente coordenado, três militantes suicidas detonaram carros-bomba na localidade árabe sunita de Riyadh, a sudoeste da cidade de Kirkuk. Os alvos foram um quartel, uma delegacia e uma estrada, segundo a polícia local, que notificou a morte de quatro policiais, dois soldados e três civis, além da existência de 12 feridos. Pouco depois, uma patrulha dos EUA que se dirigia a um dos locais foi alvejada por armas leves, o que deixou dois soldados levemente feridos, segundo os militares.
Até agora, o dia mais sangrento para as tropas dos EUA havia sido o 23 de março de 2003, o terceiro dia da guerra, quando 28 soldados morreram, a maioria em combates no sul do Iraque.
Em Baquba, cidade onde há população xiita e sunita, 65 quilômetros ao norte de Bagdá, um policial foi morto e oito pessoas ficaram feridas por disparos contra comitês de três partidos que disputam a eleição. Os insurgentes sunitas atacam frequentemente as forças de segurança iraquianas, às quais acusam de colaborar com a ocupação norte-americana. Eles prometem também cometer atentados contra as seções eleitorais no domingo.
Contra isso, o governo decidiu adotar medidas excepcionais de segurança, como fechar o aeroporto de Bagdá e as fronteiras terrestres, impor toque de recolher nas cidades e proibir a circulação de carros nas estradas.
As informações são da agência Reuters.
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