| 17/09/2001 10h12min
O prefeito do Chuí, Mohamad Kassen Jomaa (PFL), passou o domingo fora do município tratando de assuntos particulares. Enquanto estava em um café em Chuy, cidade uruguaia separada da brasileira Chuí por uma rua, um suposto jornalista pediu uma entrevista com o prefeito. Alguém viu que ele estava armado, e a entrevista foi suspensa. Jomaa retornou ao Brasil. Não quis se arriscar porque há um boato de que irão prendê-lo no Uruguai por problemas na sua documentação uruguaia. Os documentos brasileiros do prefeito estão em poder da Polícia Federal, que investiga provável fraude na certidão de nascimento e a vinculação com o terrorista, Osama bin Laden, apontado como um dos suspeitos pelos ataques terroristas nos Estados UInidos. Também é suspeito de ter ligações com os terroristas do Hamas. Neste domingo, um desfile escolar em comemoração à independência do Brasil foi realizado no município do extremo-sul gaúcho. Foram evitadas as tradicionais homenagens à colônia árabe. A intenção foi impedir que as referências fossem interpretadas como comemoração aos atentados terroristas nos Estados Unidos, explicou o vice-prefeito Hamilton Silvério Lima (PFL). A comemoração do Dia da Pátria ocorreu ontem porque choveu no dia 7. A comunidade árabe do Chuí, composta na maioria por palestinos, vive dias de ansiedade. A maioria tem parentes ou amigos em países na lista dos que podem ser retaliados pelos norte-americanos. O fim de semana, agitado por turistas que vêm do Uruguai e da Argentina, foi tenso. Apesar de um grande número de turistas estar na cidade, qualquer um em atitude suspeita era deixado falando sozinho.
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