| 04/02/2005 23h18min
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, prometeu nesta sexta, dia 4, que investigará a fundo o escândalo do programa iraquiano petróleo-por-comida.
– Estamos mais determinados que qualquer um a ir até o fim. Não queremos essa sombra sobre a ONU. Queremos ir até o fim, chegar à verdade e tomar as providências adequadas para lidar com as falhas – afirmou.
Uma investigação independente determinada por Annan para analisar o programa de US$ 69 bilhões encerrado em 2003, alguns meses depois da invasão do Iraque pelas forças lideradas pelos Estados Unidos, divulgou um relatório preliminar nesta quinta afirmando ter encontrado falhas de controle da ONU. Também foram apontados problemas como falta de auditores suficientes e favorecimento político no programa.
O relatório não falou em desvio de dinheiro pela administração da ONU, mas o autor do documento disse que o diretor do programa, Benon Sevan, se envolveu num "grave conflito de interesses" quando solicitou o fornecimento de petróleo para uma empresa dirigida por parentes de Boutros Boutros-Ghali, que foi secretário-geral da ONU entre 1991 e 1996. O inquérito quer determinar se Sevan recebeu suborno, como alegam os iraquianos.
Annan quer punir disciplinarmente Sevan e Joseph Stephanides, que hoje é chefe do departamento de questões do Conselho de Segurança e foi acusado no relatório de interferir em contratos sem ofertas competitivas em 1996. O secretário-geral disse que estava consultando advogados para decidir sobre a punição.
Ele afirmou ainda que a imunidade diplomática será retirada se houver acusações de atos criminosos.
As informações são da agência Reuters.
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