| 06/02/2005 14h26min
Observadores das eleições no Iraque encontraram evidências de que houve intimidação de eleitores em centenas de postos de votação e afirmaram que milhares de pessoas não conseguiram votar na semana passada.
Ainda assim, a Rede de Informações sobre a Eleição – organização independente apoiada em parte pelas Nações Unidas e pela União Européia – acredita que o pleito de 30 de janeiro foi livre e correto.
– Apesar dos problemas, que podem ser considerados pequenos dentro das atuais circunstâncias, a eleição aparentemente foi conduzida sem muitas falhas e de acordo com os padrões internacionais – afirmou a organização em um comunicado divulgado neste domingo, dia 6.
Milhões de iraquianos desafiaram os movimentos rebeldes no país para votar no último domingo, enfrentando ataques de morteiros e explosões suicidas para participar da primeira eleição multipartidária em décadas depois de esperar horas em filas.
A violência afastou muitos observadores estrangeiros, mas a Rede disse ter cerca de 8 mil colaboradores trabalhando no dia da eleição, cobrindo 80% cento dos mais de cinco mil postos de votação.
Eles fiscalizaram se as pessoas tinham privacidade na hora de votar e se foram encorajadas ou ameaçadas a favorecer um ou outro partido. Verificaram também se as urnas estavam lacradas e se os votos foram contados corretamente.
A organização identificou casos de intimidação em 15% dos locais de votação, mas não configuraram um padrão que comprovasse um partido específico por trás da ação.
Um porta-voz da Rede, Ali al-Dabarg, disse a jornalistas que caberia à imprensa concluir se a eleição foi justa ou não.
– Fornecemos os números e os fatos...o resto depende de vocês – disse.
As informações são da agência Reuters.
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