| 24/09/2001 22h52min
O Vaticano disse nesta segunda-feira que entenderia se Washington tiver de recorrer à força para defender seus cidadãos de ameaças futuras, embora prefira uma solução não-violenta para a crise deflagrada pelos ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos. A posição da Igreja Católica em relação à crise e a legitimação moral a uma eventual resposta militar foram delineadas pelo porta-voz-chefe do papa João Paulo II, Joaquin Navarro-Valls, em uma entrevista à Reuters. Nesta segunda, João Paulo II denunciou "o fanatismo e o terrorismo que profanam o nome de Deus", no terceiro dia de sua visita pastoral ao Cazaquistão, ex-república soviética da Ásia Central, onde a maioria da população é muçulmana. João Paulo II disse que todos os fiéis, recordando os erros do passado, devem unir seus esforços para que Deus jamais seja refém das ambições dos homens. O Papa chegará nesta terça-feira à Armênia, país que há 1.700 anos adotou o cristianismo como religião oficial, para prestar uma homenagem póstuma ao católico Karekin I, considerado um arauto do ecumenismo e do diálogo inter-religioso, morto em 1999. A igreja armênia é autônoma em relação aos católicos e aos ortodoxos.
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