| 27/02/2005 12h39min
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, exigiu, neste domingo, dia 27, que os palestinos reprimam os grupos militantes depois de um ataque suicida em Tel Aviv, dizendo que vai congelar os esforços de paz e adotar ação militar se eles não atenderem ao pedido.
– Não haverá qualquer progresso diplomático, eu repito, não haverá progresso diplomático, até que os palestinos tomem uma ação vigorosa para acabar com os grupos terroristas e sua infra-estrutura no território da Autoridade Palestina – disse o primeiro-ministro.
Em declarações contundentes ao gabinete, Sharon disse que líderes da facção palestina Jihad Islâmica na Síria ordenaram o ataque que matou quatro israelenses na sexta-feira, acabando com a trégua de fato que reativou as esperanças de paz. O vice-ministro da Defesa, Zeev Boim, afirmou na Rádio Israel que o país considera a opção de um ataque na Síria, mas disse que a crescente pressão internacional sobre Damasco pode ser mais efetiva para acabar com o que chamou de apoio ao terror.
Em sinal de que Israel não deverá atacar a Síria, o vice-premiê Shimon Peres disse:
– A Síria está envolvida em muitas coisas terríveis e os Estados Unidos estão neste momento liderando a iniciativa contra a Síria. Devemos deixar que os americanos façam isso – afirmou.
Em Damasco, uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores disse que o ataque em Tel Aviv contradiz a política do governo.
– A Síria apóia os esforços do (presidente palestino Mahmoud) Abbas na criação de um ambiente que permita a paz e a criação de um Estado palestino e vamos continuar fazendo isso – disse a autoridade.
Israel fez um ataque na Síria em outubro de 2003 depois de um atentado suicida palestino que matou 24 pessoas. Aviões bombardearam uma base que seria usada por militantes palestinos.
– É decisão de Israel congelar ou não os contatos – disse o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, em reação às declarações de Sharon.
A Autoridade Palestina condenou o atentado e disse que prendeu três suspeitos na Cisjordânia no sábado.
As informações são da agência Reuters.
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