O corte de R$ 2 bilhões nas verbas do Ministério do Desenvolvimento Agrário – o orçamento aprovado era de R$ 3,7 bilhões e caiu para R$ 1,6 bilhão – anunciado na última sexta pelos ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e interino do Planejamento, Nelson Machado, deixou indignado o titular da pasta, Miguel Rossetto.

Para ele, "os cortes brutais" poderão agravar o quadro de violência no campo no Pará, impedindo a adoção de medidas para "estabilizar a situação" como as que o governo anunciou logo após o assassinato da missionária Dorothy Stang, há duas semanas.

– Os cortes são brutais. A sua magnitude vai fazer com que nenhum dos programas do ministério seja preservado – disse.

Segundo Rossetto, o dinheiro só dará para assentar 40 mil famílias, quando a meta eram 115 mil. O que sobrou é 25% a menos do que foi executado em 2004, quando o governo também não cumpriu as metas no setor.

As informações são de Zero Hora.