| 04/10/2001 07h53min
O Ministério Público Federal (MPF) aguarda o parecer técnico da 5ª Câmara de Revisão e Coordenação, ligado à Procuradoria da República, para ingressar na Justiça contra os responsáveis pela duplicação da BR-101, entre Garuva, no Litoral Norte, e Palhoça, na Grande Florianópolis. A análise tem base numa auditoria feita pela Secretaria de Controle Interno do Ministério da Fazenda em um relatório que aponta erros no projeto e mudanças que reduziram a segurança para os usuários e a vida útil da rodovia. O estudo foi encomendado pela Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij), em função de um número de acidentes considerado elevado em determinados pontos. A empresa de consultoria Copenge, que fez o trabalho, percorreu a pé cerca de 120 quilômetros, fotografou os pontos mais críticos e que oferecem maior risco para os usuários. O relatório aponta uma redução na camada asfáltica e a inexistência de vias laterais em toda a extensão onde eram previstas pelo projeto original, informa o vice-presidente da Acij Moacir Thomazi, que dirigia a entidade quando o relatório foi feito. Mesmo usando uma quantidade de material inferior ao previsto, a obra teve um acréscimo de quase 25% no custo, o que o MPF também quer esclarecer. – Houve um superfaturamento às avessas já que não foi extrapolado o percentual legal para aditivos – define Moacit Bogo, atual presidente da Acij. Thomazi diz que o relatório já ajudou porque muitas falhas foram solucionadas posteriormente. Ele cita a sinalização da rodovia e a substituição da última camada do pavimento próximo à divisa com o Paraná, o que, entende, comprova que a deterioração estava realmente acontecendo. Na avaliação da entidade, que rateou entre os associados os mais de R$ 60 mil gastos na vistoria da estrada, já houve vitórias porque alguns reparos já foram feitos.
LIZIANE RODRIGUES / DIÁRIO CATARINENSEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.