| 08/03/2005 13h
A exportação de gás tem um papel fundamental na economia boliviana e, por isso, nenhuma modificação sobre o setor inviabilizará investimentos no país. A afirmação foi feita nesta terça, dia 8, o gerente de portfólio do Cone Sul da Petrobras, Flávio Vianna Filho.
Segundo o executivo, apesar da polêmica que acontece atualmente na Bolívia em relação à exploração do gás natural, a Petrobras não cogita sair do país vizinho.
– Não sei o que vai acontecer nos próximos dias, mas a Bolívia é muito importante para a Petrobras e risco existe em qualquer país do mundo – disse ele a jornalistas após, palestra do 11º Latin Oil & Gas.
O presidente da Bolívia, Carlos Mesa, anunciou no último domingo, dia 6, sua demissão do cargo, que deve ser avaliada nesta terça pelo Congresso. Entre outros conflitos, o presidente enfrenta forte pressão de oposicionistas para elevar a cobrança de royalties e reduzir os direitos das multinacionais que investiram no país, como é o caso da Petrobras.
Vianna Filho explicou que, mesmo que haja mudança na política tributária boliviana, a Petrobras continuará exportando cerca de 20 milhões de metros cúbicos de gás diários e que a solução possivelmente será o repasse no preço para o consumidor brasieiro.
Ele lembrou que, quando a Petrobras adquiriu ativos na Argentina em 2002, a situação naquele país "também não era das melhores" e hoje a estatal brasileira obtém excelentes resultados com os ativos adquiridos.
– Estamos acompanhando, logicamente com muita atenção, o que está acontecendo na Bolívia, mas vamos continuar com nossos interesses lá – declarou Vianna Filho.
As informações são da agência Reuters.
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