| 08/03/2005 13h05min
A tendência de manter o presidente Carlos Mesa no poder ganhou terreno entre as diferentes correntes políticas no Congresso boliviano na manhã desta terça, dia 8. Nesta tarde, os legisladores irão analisar o pedido de renúncia de mesa, entrega na segunda.
O deputado Evo Morales, a quem Mesa acusou de alimentar os protestos, já havia afirmado no dia anterior de que os afiliados de seu partido pretendiam recusar a carta de renúncia e exigir do presidente que promova um grande acordo nacional.
Desde segunda à noite, autoridades do Poder Executivo da Bolívia reúnem-se com os deputados para negociar as condições de uma eventual permanência de Mesa no cargo. O presidente solicitou, para continuar governando, uma Lei de Hidrocarbonos que não seja inviável ao país e que acabem os bloqueios nas estradas.
No Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), o partido do presidente deposto Gonzalo Sánchez de Lozada, havia duas correntes. Uma favorável à aceitação da renúncia e outra contrária. O MNR tem 47 legisladores e é a maior bancada no Congresso boliviano.
Também nesta terça, o cônsul argentino Rafael Bielsa declarou apoio ao presidente boliviano e disse que o Congresso devia recusar a renúncia. Bielsa disse que a oposição deveria ajudar Mesa a governar e que a Bolívia pode contar com a ajuda de argentinos e brasileiros.
A crise institucional da Bolívia ocorre 15 meses depois da renúncia do presidente Sanches de Lozada, causada por uma violenta convulsão social que provocou 56 mortes. Mesmo depois do anúncio de Carlos Mesa, as greves e protestos continuam por todo o país.
As manifestações pedem desde novos fornecedores de água potável até a convocação de uma Assembléia Constituinte.
As informações são da agência AP.
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