| 10/03/2005 21h52min
O governo interino do Haiti rebateu nesta quinta, dia 10, as críticas feitas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito de violações dos direitos humanos no país, afirmando que a liderança haitiana estava "comprometida com a democracia e o respeito aos direitos humanos". Autoridades do país também deram pouca importância aos comentários feitos na quarta-feira pelo ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, que afirmou pretender regressar ao Haiti empossado novamente na Presidência.
Em um comunicado divulgado na quarta, o Conselho de Segurança pressionou o governo haitiano a reprimir o abuso de direitos humanos e a libertar prisioneiros políticos a fim de contribuir com as eleições previstas para novembro. Questionado sobre isso e sobre as críticas vindas de outras pessoas, como Aristide, uma porta-voz do primeiro-ministro interino Gerard Latortue disse que o governo não estava envolvido nos abusos de direitos humanos e nem concordava com tais abusos.
Latortue assumiu o cargo depois de Aristide fugir do país em 29 de fevereiro do ano passado, diante de uma revolta armada iniciada um mês antes e sob pressão dos EUA e da França. O país deve realizar eleições em 13 de novembro e escolher um novo presidente. O governo também rechaçou as declarações de Aristide, dadas a repórteres na África do Sul, onde mora atualmente.
– Não vamos perder nosso tempo nos preocupando com Aristide dizendo que vai voltar como presidente: sabemos que isso não é verdade – afirmou o ministro da Justiça do Haiti, Bernard Gousse.
As informações são da agência Reuters.
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