| 13/03/2005 14h47min
O papa João Paulo II deixou neste domingo, 13, o Hospital Gemelli, em Roma, 18 dias após ter se submetido a uma pequena cirurgia na garganta para ajudá-lo a respirar. O pontífice de 84 anos foi transportado numa van, com transmissão ao vivo pela televisão, até o Vaticano.
Na manhã deste domingo, o papa falou diretamente para os fiéis da Igreja Católica Romana pela primeira vez desde a cirurgia. Ele fez uma breve aparição na janela do quarto no hospital e falou algumas frases em italiano e polonês para peregrinos que estavam no local.
- Queridos irmãos e irmãs, bem-vindos, agradeço pela visita, disse ele em italiano.
Ele saudou em polonês os peregrinos de sua cidade natal, Wadowice, no Sul da Polônia, provocando lágrimas. A breve aparição terminou com o pontífice desejando um bom domingo e boa semana para todos.
O papa estava no hospital desde 24 de fevereiro, quando passou por uma traqueostomia, operação para abrir as vias aéreas e aliviar problemas respiratórios graves.
Minutos depois da aparição na janela, o Vaticano emitiu um comunicado dizendo que o Papa sairia do hospital neste domingo e continuaria sua recuperação no Vaticano. Houve muita especulação nos últimos dias sobre o efeito que a cirurgia poderia provocar na voz do papa, mas suas palavras no domingo foram claras. Ele está fazendo terapia respiratória e da fala e acredita-se que tenha um tubo na garganta para ajudar o ar a chegar aos pulmões. No domingo, a parte de cima da bata do papa estava desabotoada, aparentemente para evitar pressão sobre o tubo.
O pontífice viu pela televisão um assessor presidir, pela terceira semana seguida, a oração de domingo na Praça de São Pedro e ler uma mensagem em seu nome. Pela primeira vez em seu papado de 26 anos, João Paulo II delegou a cardeais presidir quase todos os serviços da Semana Santa até o Domingo de Páscoa. O papa pode, eventualmente, comparecer a alguns eventos.
O próximo boletim médico era esperado para esta segunda, mas não está claro se ainda será emitido após a volta ao Vaticano.
As informações são da agência Reuters.
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