Três potenciais candidatos ao governo de Goiás e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, confirmaram que o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, trabalha para deixar o governo e voltar à carreira política em 2006.

Em Goiás, prefeitos articulam para que Meirelles dispute o governo em 2006, mas há resistências do PT no Estado ao seu nome. O atual governador, Marconi Perillo (PSDB), já disse, em pelo menos duas conversas com o presidente do BC, que apoiaria sua candidatura. Em resposta, Meirelles teria confidenciado a Perillo que realmente vislumbra o governo de Goiás.

Na opinião dos adversários do presidente do banco, a política econômica do governo federal e a curta trajetória política de Meirelles são pontos que podem levá-lo à derrota.

Um representante da bancada goiana relatou que agricultores do Estado alegam que o dólar desvalorizado é parte da crise enfrentada hoje pelo setor na região. Com a taxa de câmbio no patamar atual, a renda dos produtores cai.

– Tenho a impressão de que ele terá problemas por conta dos juros e do dólar – afirmou a senadora Lucia Vânia (PSDB-GO).

No campo político, Meirelles poderá enfrentar dificuldades por ter preferido o cargo de presidente da instituição em vez de assumir seu mandato de deputado federal, conquistado pelo PSDB em 2002 com recorde de votação no Estado.

Ao assumir o banco, se desfiliou do partido e agora pelo menos duas siglas negociam seu nome: o PTB e o PL.

Meirelles, por meio de sua assessoria, disse não estar pensando em sua vida política:

– Sou candidato a ser um bom presidente do Banco Central.

As informações são do jornal Zero Hora.