| 16/03/2005 13h
Grupos palestinos discutiam nesta quarta, dia 16, as condições para prorrogar um cessar-fogo selado com Israel – os militantes insistiam que a manutenção da trégua teria de ser acompanhada por concessões por parte dos israelenses.
Israel retirou suas forças da cidade de Jericó, na Cisjordânia, dando ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, um argumento em favor da suspensão da violência. Mas uma facção palestina disse não estar convencida de que os israelenses realmente colocariam fim à ocupação.
Nas negociações mantidas pelos grupos palestinos no Cairo, Abbas tenta convencer os militantes do Hamas e da Jihad Islâmica de que o cessar-fogo está gerando resultados, tanto práticos da parte de Israel quanto em termos de ajuda política e econômica vinda da comunidade internacional.
A retirada israelense de Jericó foi recebida de forma diferente pelos palestinos reunidos no Cairo. Jibril Rajoub, um assessor de Abbas, disse que esse é um passo rumo à desocupação de áreas tomadas por Israel em setembro de 2000, quando se iniciou o atual levante palestino.Mas Fahd Suleiman, da Frente Democrática de Libertação da Palestina, disse: "A retirada de Jericó é insignificante. Isso não nos leva adiante. Israel não tem intenção, na verdade, de colocar fim à ocupação."
Os militantes exigem que a trégua com Israel seja acompanhada pela libertação de prisioneiros palestinos e pela fixação de uma data para a retirada israelense.
– O preço de uma trégua é a retirada total de Israel e o fim das operações militares, o fim do muro de separação e a libertação de todos os prisioneiros – afirmou Anwar Abu Taha, da Jihad Islâmica.
As informações são da agência Reuters.
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