O Egito reenviou seu embaixador para Israel nesta quinta, dia 17, mais de quatro anos depois de o país árabe tê-lo chamado de volta quando se iniciava o atual levante palestino. O restabelecimento de relações diplomáticas plenas entre os dois países acontece pouco antes da pretendida retirada israelense da Faixa de Gaza e em meio a um cessar-fogo de fato que vigora no conflito com os palestinos.

– Estou muito orgulhoso com o fato de o presidente Hosni Mubarak ter-me concedido a responsabilidade de representar o Egito em Israel – disse Mohamed Assem, ao desembarcar no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, segundo o jornal israelense Haaretz. – Como todo embaixador em qualquer país, pretendo desenvolver as relações entre as nossas duas nações.

O diplomata disse ainda, segundo o Haaretz, que levava a Israel uma mensagem de paz e cooperação e que esperava ver a solução do conflito entre israelenses e árabes de uma forma justa.

Israel espera conseguir ajuda do governo egípcio para evitar o contrabando de armas ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza e para estabilizar o controle da Autoridade Palestina sobre o território depois da pretendida retirada israelense. Os egípcios controlaram a Faixa de Gaza antes de ela ser ocupada pelo Estado judaico, em 1967.

O Egito foi o primeiro país árabe a selar um acordo de paz com Israel, em 1979. A Jordânia fez o mesmo em 1994. O governo jordaniano enviou um novo embaixador para o território israelense em fevereiro deste ano após ter retirado o anterior na mesma época em que os egípcios.

As informações são da agência Reuters.