| 17/03/2005 13h41min
O governo de Israel declarou, nesta quinta, dia 17, esperar que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, desmantele os grupos militantes. A exigência foi feita logo depois de o dirigente ter conseguido convencer os grupos palestinos a aderir a um cessar-fogo por tempo indeterminado. Os líderes militantes, em negociações realizadas no Egito, concordaram em prorrogar o período de "calma" vigente desde fevereiro em troca do fim das operações militares de Israel contra eles e da libertação de prisioneiros.
Autoridades israelenses mostraram-se preocupadas com a possibilidade de os grupos militantes usarem o período de relativa paz para se reorganizar e exigiram que Abbas cumpra sua obrigação, prevista no plano de paz conhecido como "mapa do caminho", de desarmá-los.
– Israel considera problemáticas as discussões no Cairo, já que elas falaram apenas sobre uma suspensão temporária (das ações violentas) – disse Mark Regev, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel.
– O mapa do caminho não deixa dúvidas: Abbas tem a obrigação de desarmar os grupos terroristas e esperamos que o processo de desarmamento comece logo – afirmou.
O premiê de Israel, Ariel Sharon, elogiou o acordo dos palestinos mas disse que as facções militantes devem se desarmar. O presidente palestino e o premiê israelense,acertaram uma trégua informal em uma cúpula realizada no dia 8 de fevereiro no Egito. O objetivo do encontro foi pôr fim aos quatro anos de conflitos iniciados com um levante palestino pró-independência. O período de relativa calma foi interrompido no dia 25 de fevereiro, quando um terrorista suicida da Jihad Islâmica matou cinco israelenses em uma boate de Tel Aviv.
– Precisamos esperar e ver se a declaração (divulgada pelos grupos no Egito) se traduzirá em uma ação real, resultando no desmantelamento da infra-estrutura do terror e na cessação das atividades terroristas – afirmou uma outra autoridade israelense.
As informações são da agência Reuters.
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