| 27/03/2005 10h57min
Uma explosão em um subúrbio cristão no leste de Beirute ofuscou as celebrações da Páscoa neste domingo e provocou temores da volta do passado violento do Líbano. Forças de segurança libanesas retiraram destroços e metal retorcido deixados pela explosão de sábado, a terceira em oito dias no centro cristão do país, onde o ressentimento contra a Síria ainda é alto.
O patriarca Nasrallah Butrous Sfeir, líder espiritual dos cristãos maronitas do Líbano e crítico do domínio da Síria sobre o país, disse aos fiéis na missa de Páscoa que os libaneses devem escolher agora entre a liberdade e a violência.
– O feriado neste ano não é animador – disse.
– Os incidentes...colocam (as pessoas) em encruzilhadas: ou a independência, soberania e liberdade – e é isso o que a maioria dos libaneses queira isso – ou tumultos e dificuldades – afirmou.
A explosão feriu oito pessoas, disseram fontes de agências de segurança, a maioria trabalhadores do sul da Ásia. As fontes disseram que 25 quilos de material altamente explosivo foram detonados entre um carro e uma mecânica de automóveis na zona industrial de Sad al-Boushrieh. Figuras da oposição contra a Síria culparam as agências de segurança libanesas apoiadas por Damasco. Isso recuperou memórias da guerra civil libanesa (1975-1990).
Eles disseram que os ataques não vão impedir sua campanha contra a Síria. A oposição libanesa exortou no sábado os chefes da segurança do país a renunciarem para permitir uma investigação internacional sobre a morte do ex-primeiro-ministro Rafik al-Hariri em uma explosão em 14 de fevereiro. A oposição acusa a Síria de envolvimento no episódio. O presidente do Líbano pró-Síria, Emile Lahoud, disse no domingo, ao deixar uma missa de Páscoa, para os libaneses permanecerem unidos.
As informações são da agência Reuters.
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