| 27/03/2005 18h04min
Os agricultores familiares atingidos pela seca no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná já podem acessar os R$ 800 milhões disponibilizados pelo governo federal para safra de inverno. Os recursos, antecipação de créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), fazem parte das medidas anunciadas para amenizar os efeitos da estiagem na Região Sul. Somente no Rio Grande do Sul, Estado mais afetado pelo problema, 154 municípios tiveram a situação de emergência reconhecida pela União. Dos 497 municípios gaúchos, 442 (o que representa 88% do total), decretaram estado de calamidade causado pela falta de chuvas.
De acordo com informações do coordenador do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Luiz Guadagnin, o agricultor interessado no financiamento deve adotar os procedimentos normais de acesso ao Pronaf. De posse da Declaração de Aptidão ao
Pronaf (DAP), o
candidato deve procurar a Emater, associação, sindicato ou prefeitura que mantenha convênio com o banco e dar encaminhamento ao contrato.
Para solicitar o Pronaf, o trabalhador rural precisa levar a Carteira de Identidade e o CPF Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), além de apresentar uma proposta de crédito agrícola. A assessoria de imprensa do ministério alerta que é importante a orientação de um técnico de extensão rural para formatar o projeto e a proposta de financiamento, além de auxiliar na implantação e na atividade correta para a propriedade. Caso não disponha da DAP, o agricultor deve procurar uma das entidades ou instituições credenciadas pelo MDA e retirar o documento.
Para Guadagnin, a seca na Região Sul não pode mais ser encarada como um caso de exceção, já que nos últimos anos o fato tem se repetido anualmente.
–É preciso pensar no futuro e ter alguma forma de conviver com a estiagem – sugere.
Entre as possíveis soluções está a construção de grandes caixas-d'água ou cisternas, como forma de acumular água e assim ter uma pequena reserva hídrica para o momento em que a chuva faltar. Guadagnin destaca ainda a necessidade de os agricultores repensarem o modelo de exploração do solo, com diversificação das culturas e, em alguns casos, até mesmo substituição.
As informações são da Agência Brasil.
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