| 27/03/2005 19h43min
A violência em campo no empate em 1 a 1 entre Grêmio e Brasil-Pe, no último sábado, cria um clima de expectativa para o próximo confronto entre as duas equipes, na terça, às 20h30min, desta vez no Estádio Olímpico. Caberá agora à Justiça Desportiva apontar os responsáveis pelos tumultos, que começaram quando Somália chutou a bola sobre o reservado do Brasil, após ser expulso. Mesmo dizendo-se arrependido, Somália deverá sofrer uma pesada suspensão. Pode ocorrer o mesmo com o treinador do Brasil, Rogério Zimmermann, que teria sido flagrado agredindo o atacante gremista.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, neste domingo, o técnico Rogério Zimmermann lamentou o ocorrido e reagiu com revolta às acusações de que teria batido em Somália enquanto ele estava caído no chão.
– Se Somália falar que foi agredido por mim quando estava no chão, eu largo o futebol – declara Zimmermann.
De acordo com o trainador xavante, ele teria tentado proteger o jogador do Grêmio de reações violentas do banco do Brasil-Pe.
– Mas o Somália tomou uma atitude contra mim. Quando começa o empurra-empurra ninguém é santinho – acrescenta o técnico.
Pelo lado do Grêmio, um dos vice-presidentes do Conselho de Administração, o desembargador aposentado Marco Antônio Scapini, denuncia ter sido vítima de agressão pela Brigada Militar. Ele chegou a sugerir que a Brigada Militar é que deveria passar por exames antidoping, e não os jogadores. Scapini revelava estar ainda com marcas roxas nas costas, conseqüência, segundo disse, das agressões cometidas por brigadianos no vestiário da arbitragem no Estádio Bento Freitas, sábado.
O diretor de futebol do Grêmio, Mário Sérgio, prometeu revidar as agressões sofridas pelo equipe no Bento Freitas, mas foi desautorizado pelo presidente Paulo Odone, que disse que "vai ter troco só dentro do gramado".
Com informações da Rádio Gaúcha e do jornal Zero Hora.
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