| 15/10/2001 08h13min
O presidente da Argentina, Fernando de la Rúa, pode anunciar ainda nesta segunda-feira novo plano econômico para tentar reativar a estagnada economia do país, um dia depois de sofrer uma dura derrota nas urnas. Considerado decisivo, este será o oitavo pacote em 22 meses de gestão. O novo plano incluiria renegociação de parte da dívida do governo com as Associações de Fundos de Aposentadoria e Pensão (AFJP) – cerca de US$ 3 bilhões –, acordo entre as províncias e os bancos para renegociar uma dívida de US$ 10 bilhões e emissão de novos bônus, que substituiriam os bônus provinciais. Estão previstas ainda medidas de incentivo ao consumo, como redução do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) para compras com cartão de crédito, um corte de US$ 2 bilhões nos gastos públicos deste ano e um subsídio para desempregados de US$ 150. Durante a semana passada, por duas vezes a Argentina liderou o ranking dos países emergentes menos atraentes aos investidores. Na quarta-feira, de acordo com a classificação do banco JP Morgan, o risco-país da Argentina chegou a 1.874, ficando acima da Nigéria, que liderava a lista até então. Na sexta-feira, com 1.834 pontos, a Argentina permanecia como o menos atraente dos mercados. O recorde na semana foi de 1.901 pontos, na terça-feira.
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