| 01/04/2005 11h06min
A morte do Papa é confirmada por um ritual definido pela Lei do Vaticano antes de ser comunicada ao povo católico. Segundo o editor-chefe da revista semanal America e autor de Dentro do Vaticano: A Política e Organização da Igreja Católica, reverendo Thomas Reese, o processo é longo.
Quando o Papa morre, o chefe do departamento da unidade papal, atualmente o bispo James Harvey, informa o camerlengo (cardeal que governa interinamente a Igreja entre a morte de um Papa e a nomeação do seguinte), que atualmente é o cardeal Eduardo Martinez Somalo, que deve verificar a morte do Pontífice.
O camerlengo deve fazer isso na presença do mestre de cerimônias papal, o arcebispo Piero Marini, do prelado e do secretário da Câmara Apostólica. O secretário da Câmara Apostólica redige então uma certidão de óbito. O camerlengo depois anuncia a morte do papa ao vigário de Roma, o cardeal Camillo Ruini, que informa o povo romano sobre o ocorrido.
Embora esse seja o procedimento oficial, a maioria das pessoas vai saber da morte do papa pela mídia. Até 1903, na morte do papa Leão XIII, a morte do governante da Igreja era verificada batendo-se com um martelo de prata na fronte do Pontífice. Esse procedimento também pode ter sido usado em João XXIII, que morreu em 1963.
Uma vez constatada oficialmente a morte do Pontífice pelo religioso que exerce a função de camerlengo e anunciada a notícia ao povo romano pelo vigário de Roma, os cardeais devem fixar a data, horário e as modalidades do transporte do corpo do Papa falecido à basílica do Vaticano para ser exposto à visitação dos fiéis.
As informações são da agência Reuters.
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