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 | 02/04/2005 10h41min

Milhares de fiéis voltam a ocupar Praça de São Pedro

Católicos especulam sobre sucessão

O amanhecer deste sábado, dia 2, deu início a um movimento contínuo de peregrinação em direção à Praça de São Pedro, no Vaticano. Na noite de sexta mais de 70 mil pessoas se aglomeraram na praça orando pela saúde do papa João Paulo II. A maioria deixou o local durante a madrugada, mas assim que o dia clareou os fiéis retornaram ao Vaticano para acompanhar a evolução do quadro de saúde do Pontífice.

Em meio à tristeza pela saúde debilitada do Papa havia também esperança pelo futuro da Igreja.                                 

– Tenho certeza que o Senhor não vai abandonar sua Igreja. Depois desse ótimo papa haverá um ainda melhor. Ele terá que dar continuidade ao trabalho (de João Paulo), a abertura ao mundo e a todas as religiões, aos religiosos e não religiosos, o amor pelos jovens e aos grandes gestos políticos, assim como os mais simples, falando aos doentes e aos prisioneiros – disse o padre italiano Ugo Tadni.                                 

O carismático Pontífice promoveu ao longo de seu papado uma forte ligação entre sua Igreja e outras religiões, especialmente o judaísmo. Alguns católicos, entretanto, não compartilham sua interpretação ortodoxa da doutrina da Igreja. Entre os que rezavam pelo papa no sábado estavam alguns que esperam por reformas do sucessor de João Paulo.                                 

– Seria bom se o próximo papa pressionasse por mais reformas do que esse, mas que tivesse o mesmo apelo pessoal – disse a peregrina alemã Elisabeth Huelsdau, enquanto rezava na praça com seu marido Paul. Ele concordou, dizendo que o Vaticano deveria permitir que padres católicos casassem. João Paulo II defendeu vigorosamente o celibato para os padres.

O Papa polonês foi o primeiro não-italiano a comandar a Igreja Católica em 455 anos. Não há um favorito para sucedê-lo, mas alguns acreditam que o próximo pontífice deveria sair do mundo em desenvolvimento, onde a religião é mais intensa.                                 

– Para mim, um papa africano seria ótimo – disse Stefania Leone, dona-de-casa de Roma, ao ajoelhar para acender uma vela por João Paulo.

Outros levantam a idéia de um papa da América Latina, onde vive quase metade dos católicos do mundo. Mas ainda há apoio para que um dos conterrâneos de João Paulo o suceda.                        

– Seria bom se fosse outro polonês porque esse foi ótimo – disse o italiano Massimo Rino.                                 

As autoridades de Roma adotaram uma série de medidas de segurança e um plano especial para alojar mais de um milhão de pessoas de todo mundo que devem chegar à cidade durante este fim de semana para acompanhar as últimas horas do papa.Foi criado um comitê extraordinário para tratar da segurança e assistência aos visitantes que vierem se despedir de João Paulo II. Três grandes hospitais romanos, o de São João, de São Camilo e o Hospital do Espírito Santo, foram colocados em estado de alerta.

A prefeitura também já instalou vários banheiros portáteis de emergência nos arredores da Praça de São Pedro e mais de 6 mil camas foram instaladas na área onde funciona a feira de Roma. Ginásios e outras estruturas esportivas da cidade também estão abertos para alojar os fiéis.

As informações são da agência Reuters.

Fiéis oram pela saúde de João Paulo II

 
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