| 03/04/2005 15h31min
Está marcado para o próximo domingo, 10 de abril, o embarque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a quarta viagem à África desde a posse, em 2003. Cinco países serão visitados em quatro dias.
Ainda não há previsão de mudança no plano de vôo, diante da ida do presidente ao Vaticano para o funeral do papa João Paulo II, ainda nesta semana.
Durante o seu pontificado, o papa viajou inúmeras vezes para a África e pediu o apoio internacional para a região. A aproximação fez com que o continente se tornasse o mais significativo em termos de novos adeptos do catolicismo. Em números absolutos, a Nigéria é a maior nação católica da África e está no roteiro presidencial. Será a segunda escala, após a visita a Camarões, onde em janeiro, na fase preparatória da viagem, o ministro Celso Amorim inaugurou a embaixada brasileira (na capital, Iaundê) e assinou um acordo de cooperação sobre cultivo do cacau.
Na Nigéria, a comitiva presidencial deverá intensificar as negociações em setores como comércio e combate à Aids. Os dois países fazem parte da Rede de Cooperação Tecnológica HIV/Aids. Juntos, além de intensificar a cooperação técnica, pretendem mudar o posicionamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a pré-qualificação dos produtores de medicamentos genéricos, especialmente contra o HIV. No âmbito multilateral, nigerianos e brasileiros também compartilham o interesse em conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
Depois da Nigéria, o presidente Lula seguirá para Gana, um dos principais focos da política externa comercial brasileira. Trata-se do quarto maior importador de produtos brasileiros na África subsaariana, atrás apenas da África do Sul, da Nigéria e de Angola. A balança de comércio entre o Brasil e Gana passou de cerca de US$ 30 milhões, em 2002, para aproximadamente US$ 105 milhões, em 2003.
Em seguida, Lula irá para Guiné-Bissau, uma das nações africanas de língua portuguesa. Nos últimos anos, a relação política entre os dois países foi intensificada. O Brasil chegou a contribuir para a estabilização nesse país, oferecendo assistência técnica para o processo eleitoral.
O último país africano a ser visitado pelo presidente será o Senegal, primeira região da África Ocidental a receber apoio brasileiro para o combate a gafanhotos, praga de impacto negativo na atividade agrícola do continente. A nova pauta de negociações deverá incluir projetos de integração no setor comercial e de transportes.
As informações são de Agência Brasil.
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