A Defesa Civil de Santa Catarina não foi acionada nas investigações de cartas com suspeita de contaminação pela bactéria antraz. O coordenador-geral do órgão, o coronel Sidney Pacheco, afirma que não foi comunicado dos casos, investigados nesta quarta-feira pela Polícia Federal e vigilância sanitária. Pacheco considera "infinitamente pequena" a possibilidade de um atentado bioterrorista no Estado. O coordenador-geral da Defesa Civil lembra que os órgãos de segurança pública catarinense estão preparados para agir com cargas perigosas em geral. A preocupação do momento da Defesa Civil é conseguir recursos para a recuperação dos mais de cem municípios com prejuízos causados pelas últimas cheias. O coronel terá um encontro com a coordenação nacional da Defesa Civil para apresentar as perdas e a necessidade de recursos. No encontro, ainda não tem data, Pacheco deverá abordar a necessidade de montar um plano para atuar preventivamente contra a ameaça de bioterrorismo O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Milton Antônio Lazares, afirma a corporação tem três conjuntos completos de trajes anticontaminação, inclusive para a coleta de antraz. Lazares reconhece que a infra-estrutura do Estado é limitada e acrescenta que deve consultar a PF nos próximos dias para avaliar a necessidade de melhorias nos equipamentos. O comandante dos Bombeiros reforça a posição da Defesa Civil: – O risco de um ataque bioterrorista em Santa Catarina é remoto. Estamos muito tranqüilos. Na Central de Triagem dos Correios, em Forquilhinhas, na Grande Florianópolis, os funcionários redobraram a atenção, mas não há máscaras nem roupas anticontaminação. Na unidade, um equipamento chamado de espectrômetro é usado para analisar micropartículas contidas em correspondências. O aparelho não identifica a presença de antraz. Sua função é acusar a existência de substâncias em pó. • Saiba mais em reportagens especiais, entrevistas e artigos de ZH • Os pontos atingidos no Afeganistão