| 04/04/2005 08h19min
As eleições regionais da Itália, realizadas sob o cenário da morte do papa João Paulo II, entraram nesta segunda, dia 3, no seu segundo e último dia, em meio a temores de que o luto afaste muitos eleitores das urnas. O pleito – que recebe pouca atenção no país de maioria católica em luto pelo papa – também foi marcado pela controvérsia sobre cartazes em homenagem ao papa colocados por partidos horas antes da abertura das urnas.
O Ministério do Interior determinou no domingo a remoção de centenas de cartazes de muros de Roma e Nápoles. A Aliança Nacional, membro do governo, foi um dos partidos que estampou cartazes. A lei italiana proíbe comunicação partidária durante a eleição e os partidos, incluindo o Margherita, do principal líder da oposição, Romano Prodi, foram acusados de usar o papa para fins políticos.
– Não tenho problema em dizer: A Aliança Nacional errou em Nápoles, bem como o Margherita e o DS (de esquerda) em Roma. A morte do papa não deveria ser usada para campanha eleitoral enquanto as urnas ainda estão abertas – disse a prefeita de Nápoles, Rosa Russo Jervolino, segundo o jornal Corriere della Sera.
Os partidos negaram qualquer intenção de usar o papa com objetivos políticos e disseram que os líderes não foram consultados. Uma série de polêmicas marcou a campanha eleitoral depois de acusações de falsificação, roubo de informação por computador e intimidação.
O índice de comparecimento s urnas estava em 55,2% no final do domingo. O ministro do Interior, Giuseppe Pisanu, fez um apelo para os eleitores votarem apesar do luto. A eleição é considerada um teste para o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi antes da eleição geral do próximo ano.
As informações são da agência Reuters.
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