| 04/04/2005 16h59min
A gaúcha Irene Maria Hummes se sente orgulhosa de ter como irmão um dos cardeais mais importantes da América Latina, mas evita falar sobre a possibilidade de dom Cláudio Hummes ser escolhido como o sucessor de João Paulo II. Segundo ela, a família está na torcida, mas ciente de que o fato de seu nome estar sendo levantado na imprensa internacional não é garantia de nada.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Irene disse que não tem conseguido falar com o irmão, que está doente – afônico e com problemas relacionados à rinite. A irmã do cardeal contou que a vocação religiosa despertou cedo no irmão. Quando ele tinha nove anos sua escola recebeu a visita de um religioso, se interessou pelo ofício e ingressou por vontade própria no seminário. O franciscano dom Cláudio Hummes foi ordenado padre com 24 anos.
Sensível aos problemas sociais da América Latina – linha de atuação vista duramente por João Paulo II por sua proximidade com as idéias marxistas – dom Cláudio chegou a ser acusado durante a ditadura de ser comunistas, depois de ter abrigado em sua paróquia em Santo André uma reunião de sindicalistas liderada pelo hoje presidente Luis Inácio Lula da Silva. Às críticas, ele teria respondido com a religião: "Se o que eu faço é ser comunista, então Jesus Cristo foi o maior comunista da história".
Como os demais favoritos, dom Cláudio nega ser candidato. No máximo, diz que a América Latina terá força no conclave, mas deixou claro em declarações recentes que o responsável pela escolha do novo pontífice é o Espírito Santo.
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