| 07/04/2005 20h33min
Israel proibirá não-muçulmanos de se aproximarem de um importante templo de Jerusalém no domingo, dia 10, por temor de que militantes judeus provoquem um derramamento de sangue na tentativa de paralisar a desocupação da Faixa de Gaza, disseram autoridades nesta quinta, dia 7.
A polícia reforçou a segurança no local, chamado de Al Haram Al Sharif (nobre santuário) pelos muçulmanos e de Monte do Templo pelos judeus. Israelenses de tendência ultranacionalista pretendiam realizar uma manifestação ali no domingo. Os militantes palestinos, por sua vez, prometiam romper dois meses de trégua se os nacionalistas judeus se aproximassem.
Os organizadores da manifestação de judeus dizem que a passeata vai ocorrer apesar da proibição e se aproximará do templo até onde for possível. Essa antiga mesquita é o terceiro lugar mais sagrado do Islã. Além disso, é o local mais sagrado para os judeus, por se tratar do mesmo lugar em que um antigo templo foi destruído pelos romanos, no ano 70. Um ataque no terreno da mesquita poderia inflamar os muçulmanos em todo o mundo e ameaçar o processo de paz na região.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro Ariel Sharon se reúne com o presidente dos EUA, George W. Bush, para discutir, entre outros assuntos, a desocupação de Gaza, prevista para começar em julho. A atual intifada (rebelião palestina) começou em 2000, quando Sharon, então líder da oposição israelense, fez uma visita ao Monte do Templo, o que foi visto como provocação pelos árabes.
Israel proíbe que judeus rezem dentro do terreno, para não alimentar tensões com os muçulmanos. Mas a polícia autorizou o acesso de israelenses e de outros não-muçulmanos em 2003, após anos de restrições.
As informações são da agência Reuters.
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