| 08/04/2005 07h47min
A decisão do papa João Paulo II de mencionar um judeu em seu testamento foi um sinal para seu sucessor dar continuidade e aprimorar seu histórico de conciliação com o judaísmo, afirmou o ex-rabino-chefe de Roma Elio Toaff. Toaff disse em entrevistas a jornais italianos publicadas nesta sexta, dia 8, que se surpreendeu ao ser mencionado com dois prelados católicos romanos.
João Paulo II, o primeiro Papa a pisar em uma sinagoga, é visto como o pontífice que mais ajudou a curar as diferenças judaicas com o mundo católico após o Holocausto.
– É um gesto significativo e profundo para os judeus. Mas acho que é também uma indicação para o mundo católico – afirmou o rabino ao diário La Repubblica.
Ele disse ainda que "o papa Wojtyla queria indicar um caminho destinado a destruir ainda mais todos os obstáculos que dividiram judeus e católicos através dos séculos". Os outros dois religiosos mencionados no testamento do Papa, divulgado na quinta, foram o mentor dele, o falecido cardeal polonês Stefan Wyszynski, e o secretário particular de longa data, o arcebispo Stanislaw Dziwisz.
O Papa estabeleceu relações diplomáticas completas com Israel em 1993 e em 2000 visitou o memorial de Israel para os 6 milhões de judeus mortos durante o Holocausto.
As informações são da agência Reuters.
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