| 08/04/2005 10h36min
Grupos militantes palestinos prometeram nesta sexta, dia 8, retomar os ataques contra israelenses se judeus ultranacionalistas entrarem em um santuário de Jerusalém, algo que a polícia de Israel pretende impedir. Oito grupos divulgaram um aviso um dia depois do governo israelense ter dito que proibiria não-muçulmanos de entrarem no local – conhecido pelos islâmicos como Al Haram Al Sharif (Santuário Nobre) e pelos judeus como Monte Templo. A manobra pretende evitar israelenses da extrema direita de se concentrarem ali.
Vários parlamentares da linha-dura que esperavam usar seu status de membro do Poder Legislativo para contornar a proibição foram informados de que estavam proibidos de visitar o complexo da mesquita. A polícia intensificou o aparato de segurança no local em meio a temores de que uma manifestação marcada para domingo por ultranacionalistas acabe provocando conflitos com os muçulmanos.
Os manifestantes opõem-se ao plano do primeiro-ministro Ariel Sharon de retirada da Faixa de Gaza. Em um comunicado, militantes palestinos disseram que abandonariam a trégua declarada há três meses se "extremistas sionistas invadirem o complexo da mesquita. Tal ato seria uma declaração de guerra total e o período de calmaria teria fim."
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou ter recebido garantias do ministro de Defesa de Israel, Shaul Mofaz, de que as forças de segurança impediriam qualquer ataque contra o complexo. O Revava, grupo de extrema direita que está organizando a manifestação, prometeu continuar com seus planos, afirmando que seus simpatizantes chegariam o mais perto possível do local sagrado e que a mobilização seria pacífica. Entre os grupos palestinos que divulgaram o aviso estão o Hamas, a Jihad Islâmica e as Brigadas de Mártires de Al Aqsa.
As informações são da agência Reuters.
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