| 22/10/2001 22h57min
A CPI da Segurança Pública passou toda a segunda-feira ouvindo o depoimento dos doadores do Clube de Seguros da Cidadania, entidade ligada ao PT que adquiriu em 1998 a atual sede estadual do partido, localizada na Avenida Farrapos, na Capital, por R$ 310 mil. Das 24 pessoas e empresas relacionadas pelo clube, apenas três não foram localizadas para a intimação, incluindo o filho do governador Olívio Dutra, Espártaco, que estaria viajando. A maioria dos depoentes confirmou as doações realizadas ao clube em 1998. No entanto, alguns declararam desconhecer que o dinheiro seria utilizado para fins políticos ou eleitorais, como os representantes da Elegê Alimentos, da Associação Municipalista do Brasil (Ambras) e da Associação Gaúcha de Avicultura. O representante da Marcopolo, Carlos Zignani, negou as contribuições ao clube e confirmou apenas doações diretas ao PT. Tanto os recibos do PT quanto os do clube foram assinados pela mesma pessoa, Janice Foschiera, também ouvida pela CPI. Dizendo-se colaboradora do clube, a petista reconheceu suas assinaturas e explicou que encaminhou ao PT as doações da Marcopolo, assinando os recibos, porque "tinha autoridade como militante do PT". De acordo com o relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT), "o fato é grave e constitui um flagrante de crime eleitoral, na medida em que as doações são diretas para um partido, mas acabaram desaguando em um clube de seguros". Por unanimidade, o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJ) negou nesta segunda-feira o mandado de segurança do Clube de Seguros para evitar a quebra de sigilo bancário e telefônico de seu presidente, Diógenes de Oliveira. A CPI havia garantido o direito na Justiça, mas a entidade recorreu ao TJ com um mandado de segurança.
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