| 14/04/2005 18h43min
O primeiro-ministro interino do Haiti, Gerard Latortue, garantiu nesta quinta, dia 14, à delegação da Organização das Nações Unidas, que as eleições marcadas para novembro serão realizadas na data prevista. Nesta semana, a comissão eleitoral do país disse que isso poderia não ocorrer devido à violência no país.
Após duas horas de reunião a portas fechadas com Latortue, vários membros da delegação do Conselho de Segurança da ONU se disseram insatisfeitos com as explicações recebidas sobre Yvon Neptune, um ex-primeiro-ministro detido sem acusação formal desde junho de 2004.
A comitiva, liderada pelo brasileiro Ronaldo Sardenberg, chegou ao Haiti na quarta-feira e regressa a Nova York no sábado. É a primeira vez que o Conselho de Segurança envia todos os seus 15 embaixadores a uma missão na América Latina ou no Caribe.
Os principais itens na reunião com Latortue foram a necessidade de eleições livres, justas e pontuais e a proteção aos direitos humanos. O Conselho espera que Latortue entregue o poder a um governo eleito em fevereiro de 2006.
O governo interino foi criado, com apoio dos Estados Unidos, após a rebelião que provocou a fuga do presidente Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro de 2004. Os membros do conselho ressaltaram que o sucesso das eleições depende da reconciliação nacional, que fica dificultada com a longa detenção de Neptune e de outros membros do partido Família Lavalas, de Aristide.
A ONU mantém uma força de paz, liderada pelo Brasil, com 1,4 mil policiais e 6 mil militares. Sardenberg disse que o mandato da força, que termina em 31 de maio, será prorrogado e ampliado e que a contribuição do Haiti vai guiar o Conselho de Segurança quando discutir o assunto, no mês que vem.
As informações são da agência Reuters.
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