| 15/04/2005 09h03min
Um palestino armado entrou nesta sexta, dia 15, nas Colinas de Golã, vindo da Síria, e disparou contra soldados israelenses. As Forças Armadas de Israel capturaram o agressor solitário, um militante de 21 anos da Fatah, a facção palestina ligada ao presidente Mahmoud Abbas.
Segundo os militares, o palestino pretendia seqüestrar um soldado israelense e levá-lo para a Síria. Não houve vítimas. Israel, que recentemente acusou o governo sírio de atrapalhar a trégua entre palestinos e israelenses atualmente em vigor, classificou o incidente de uma "grave violação" do acerto selado em 1973 depois da Guerra do Yom Kippur.
– Os sírios deveriam impedir que terroristas armados atravessassem a fronteira – disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel. – Exigimos que o acordo seja respeitado integralmente.
A Síria, que há anos tenta recuperar o controle sobre as Colinas do Golã, ocupadas por Israel desde 1967, não fez comentários sobre o incidente. Autoridades israelenses disseram suspeitar que a Síria desejava minar os esforços do Estado judaico para selar a paz com os palestinos a fim de desviar as atenções da pressão internacional exercida sobre o país para que retire suas forças do Líbano.
O homem armado, que saiu de um campo de refugiados palestinos na Síria, atravessou uma cerca, na fronteira, e disparou contra um posto de controle do Exército de Israel em uma tentativa de explodir tanques de combustível, disseram oficiais das Forças Armadas. O agressor acabou cercado e capturado depois de ter disparado todas as suas balas.
O homem desejava vingar a morte de parentes que perderam a vida em uma ofensiva militar de Israel no Líbano, nos anos 1980, disse a Rádio do Exército.
As informações são da agência Reuters.
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