| 15/04/2005 09h27min
A detenção do jogador Leandro Desábato, sob acusação de racismo, está sendo interpretada por muitos na Argentina como um golpe de marketing do Brasil. De acordo com um dirigente do Quilmes, o atleta foi vítima de exagero.
– Eles (os brasileiros) querem liderar essa onda antidiscriminatória no esporte. Somos vítimas de exagero – afirmou o dirigente do Quilmes José Luis Meiszner ao canal de TV Todo Noticias.
Logo após, veio o comentário do apresentador do programa.
– Quer dizer que a prova é a leitura labial? Agora os jogadores terão que ficar calados em campo? – comentou.
O presidente do Quilmes, Daniel Razzetto, disse ainda que a prisão de Leandro Desábato já estava armada. O presidente da AFA (Associação de Futebol Argentina), Julio Grondona, seguiu a mesma linha e disse que houve certa intencionalidade no episódio.
– Culparam alguém que não tem absolutamente nada a ver com isso. Esse menino, Desábato, eu o conheço, é um homem do interior – afirmou Grondona.
A assessoria do Quilmes informou que o clube deu todo respaldo à família do jogador, informando que ele estava sendo bem tratado no Brasil e que, embora estivesse incomunicável, havia recebido a visita de um médico para aplicação de massagens que pudessem aliviar sua tensão.
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