| 16/04/2005 16h49min
No pequeno Estádio Sady Arlindo Schmidt, em Campo Bom, Inter e 15 de Novembro entram em campo às 16h deste domingo para decidir aquele que é considerado o melhor Gauchão dos últimos anos. O colorado precisa apenas de um empate nos 90 minutos para conquistar o tetracampeonato. Já o 15, que perdeu o primeiro confronto no Beira-Rio por 2 a 0, necessita de uma vitória por qualquer placar no tempo normal para levar a decisão para a prorrogação. No tempo extra, em função de ter a melhor campanha do campeonato, um empate dá ao time de Campo Bom o inédito título de Campeão Gaúcho.
Pelo lado do Inter, acabou o mistério sobre a presença ou não do zagueiro Índio. O jogador, que sofreu uma batida no joelho direito no primeiro duelo, treinou normalmente na última sexta e está confirmado para a finalíssima. O colorado, porém, terá um desfalque. O goleiro Clemer não se recuperou a tempo de uma lesão muscular na coxa e será substituído mais uma vez por André. O goleiro, que tem recebido algumas críticas, está confiante.
– Não ligo para os gritos. Me concentro no jogo, na bola. Claro que dá um friozinho na barriga, mas logo passa. Afinal, será só mais uma decisão – diz André, que pode conquistar o pentacampeontao gaúcho, sempre pelo Inter. Em 1992, o goleiro era reserva do paraguaio Gato Fernandez. Em 1994, Sérgio era o titular do título gaúcho, e André o reserva. Em 1997, André era o titular absoluto da equipe campeã. Ano passado, André foi o reserva de Clemer no tricampeonato do Inter.
Já o 15 de Novembro quer dar a volta por cima e reverter um péssimo retrospecto contra o time Capital: das 11 vezes que enfrentou o Inter, a equipe de Campo Bom perdeu as 11. As derrotas que custaram mais caro ao 15 foram as da decisão do Estadual de 2002 e de 2003, as duas únicas vezes em que a equipe do Vale do Sinos chegou à decisão.
Diferentemente do ocorrido na véspera do primeiro jogo, o técnico Leandro Machado deixou de lado o mistério e definiu a equipe no último coletivo. O treinador confirmou as entradas de Jacques no ataque e de Émerson na lateral-esquerda, no lugar de Flávio Dias e Cristiano, respectivamente. O atacante Jacques, que já foi campeão com o Grêmio, em 1995, também está confinante e espera aproveitar ao máximo a oportunidade dada pelo técnico Leandro Machado.
– Ainda não perdemos aqui em Campo Bom e acredito que podemos ganhar mais uma. Essa cidade respira futebol e merece o título – diz o atacante, que espera quer mostrar serviço na decisão. – Quero mostrar que tenho futebol ainda para jogar num grande clube daqui do Estado – afirma.
A lamentar, apenas a pequena capacidade do palco da finalíssima. Nunca, em toda a história do Gauchão, uma decisão terá público tão pequeno como a deste domingo entre 15 de Novembro e Inter. Apenas 2.670 torcedores estarão acomodados nas dependências do Sady Schmidt. Destes, pouco mais de 500 serão colorados.
Com informações dos jornais Diário Gaúcho e Zero Hora.
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